[ B a K a - N e ]

Show do Marcelo Jeneci

Olá gente! Bem, ontem dia 24 fui para São Paulo... E enfrentei alguns fantasmas de um passado não tão distante assim, bem recente e bem dilacerante. Eu diria "fresco". Bem fresco... Foi difícil entrar no metrô. Chegar na rodoviária e saber que seguiria por outro caminho, e nunca mais, nunca mais, por aquele pelo qual estava tão acostumada. Eu chorei no metrô. Chorei ao ler a placa na Sé, chorei. Dizem que chorar alivia... Mas parece que quanto mais eu choro, mais fica intensa a dor. E eu sinceramente espero que isso apenas seja ilusão. Mas bem...

Meu dia começou cedo, vi as velhinhas fazendo ginástica na quadra às 8 da manhã, peguei o ônibus, fui até à rodoviária de São José (onde as lembranças lentamente começaram a me consumir), viajei até São Paulo e chegando lá, peguei o metrô direção Sé-Barra Funda. Chorei. Cheguei na estação da Barra Funda, quase me perdi mas fiquei mandando mensagens pra Cla. Quando ela chegou, aquela tristeza foi embora, foi muito bom poder abraçá-la e me sentir incluída por alguém novamente.

Fomos para a casa da vó dela, almoçamos, a vó dela me contou histórias das viagens dela, de quando ela era criança, foi muito agradável. Depois disso seguimos para a casa dela, pra poder guardar minhas coisas, e saímos de lá pra esperar o Gabriel. Antes dele chegar, ficamos passeando em um parque MUITO legal que tinha lá por perto, com estufas cheias de livros (infantis e pasmem, até Game of Thrones e Jogos Vorazes estavam lá), galinhas e galos e outros animais espalhados pelo parque, alguns até andando livremente pelo nosso caminho, alguns hipsters huehue brbr, e então o Gabriel ligou e fomos em direção à estação novamente.

Livro que achamos ser lindo no meio e aterrorizante no final. Acho que se chama "O Espelho"
Após buscarmos ele, fomos buscar os ingressos para o show e nos assustamos com a fila. Por um segundo eu pensei: Fodeu, perdemos o show (que era de graça). Mas depois de um tempo na fila, diria que não passou de meia hora nela, conseguimos 4 ingressos, 2 pra mim e 2 pra Cla, já que o Gabriel não iria assistir o show. Após passado o susto e estarmos pirimpolantes com o ingresso na mão, decidimos passear no Memorial da América Latina, onde seria o show, e onde a Cla queria nos mostrar cada pedaço de lá.

´Ponte assustadoramente adorável do Memorial.
Após ~escalarmos~ essa ponte, ficamos sentados por um tempo conversando, e então depois de muito papo decidimos entrar em uma exposição. Primeiro por que temos muita cultura e somos muito avançados para a nossa idade e precisávamos ver a exposição e segundo por que tava frio pra caralho. Mas claro que o primeiro motivo foi muito mais influenciador... Só que não. Então entramos, nos esquentamos, e começamos a ver a exposição do lado mais improvável do salão, mas começamos. Tá, eu senti que só eu olhei a exposição de verdade por que a Senhorita Dellape e o Senhor Gabrielzão estavam se pegando, e nesse momento eu senti falta de verdade de um aplicativo no celular com uma vela. Então encontramos uma escultura e demos muita risada. E eu PRECISEI tirar foto dela:

Foge foge super homem, pinguim jogou kriptonita. Só que não.
Após andar mais um pouquinho, encontramos outras esculturas legais (de verdade, não de huehue br br sendo irônica) e um canto só pro Dia da Morte, que é algo que eu acho muito diferente e SUPER legal, afinal tem todo um trabalho com caveiras e tals. Andamos mais um pouco por lá e decidi tirar muitas fotos, algumas delas estão aqui:

Sim, eu cutuquei essas bolinhas e esses fios boladões. Eles se mexem. É legal.

Se você está se sentindo muito mal e inferior, apenas fique em cima dessa mini cidade. Aumenta sua estima. Sério.

Ótimo ângulo pra foto, me senti um pouco mais profissional e feliz com minha câmera nova.
Logo após isso, quando estávamos dando a volta e quase saindo, encontramos uma BELA escultura (agora sim sendo irônica) que nos fez ver a realidade da vida e toda uma questão de encaixe. Quando você ver a foto, vai entender e rir como a gente riu quando viu a escultura:

Tudo é uma questão de ~encaixe~
BEEEEEEEEEEEEEEEEEEEELA escultura. Segundo Gabrielzão, isso é um fio terra. Mas meu blog não é lugar de pornô não, então saímos do museu, fomos para outro, encontramos uma menina desesperada por ingresso, demos um à ela (já que tínhamos dois cada, como mencionei anteriormente), ela ficou andando conosco e entramos no outro museu, onde tive que me fazer de palhaça-sem-culturahuehuehuebrbr de novo:

Vamos seduzir junto com o quadro

Pfvr sou a maior obra de arte daqui, só que não.
AGORA VAMOS AO SHOW. Depois de comermos, conversar mais, doar mais um ingresso à um jovem desesperado e simpático COM A VOZ DO FÁBIO PORCHAT, entramos no show. Eu achei o lugar muito bom, dava pra ter uma LEVE ideia pela primeira foto (horrível) que tirei:

Todos vermelhos, eita câmera boa!
Mas depois disso vi um monte de gente correndo pra tirar foto e ficar ali na beirinha do palco... E vi que o Marcelo Jeneci se aproximou de todos... Não resisti, saí correndo e fiquei quase o show todo de joelhos no chão à beira do palco. E toda hora ele vinha, se aproximava, depois ia pro outro lado do palco, o que eu achei muito interessante nesse auditório, o fato de ter um palco e ter dois espaços pro público, sim, tinha poltronas do lado onde eu estava e do outro lado do palco, o show inteiro ele ficou no meio do povo mesmo! Então começou Por que Nós, ele colocou o microfone do nosso lado e, ainda cantando, fez pose:

Sempre tem gente pra chamar de nós...
Ele cantou muitas músicas, algumas nem eram dele, mas as que me emocionaram fortemente foram: Feito pra Acabar (lógico, por que parece que eu fui feita pra ter todos meus namoros rompidos, mas isso não vem ao caso), Por que Nós, Felicidade, Amado e o Mantra da Chuva. O Mantra da Chuva eu vou ser forçada à colocar aqui a letra, que é pequena, mas diz muito. E eu chorei o mantra inteiro (que é repetido algumas vezes) pra aliviar, de verdade:
A chuva é a vontade do céu de tocar o mar / E a gente chove assim também quando perde alguém / Mas quando começa a chorar começa a desentristecer / Assim se purifica o ar depois de chover
Nem chorei. Imagina né. Só ilusão. Mas o pior foi depois... Quando eles começaram a introdução de "Pra Sonhar", o Marcelo Jeneci falou pra um cara subir ao palco... Ele subiu... E começou a falar um texto LINDO (que segundo à Lhaís e à Cla, era texto de facebook, mas mesmo assim achei lindo) e no final, citando os versos da música, ele pediu a namorada em casamento. Chorei de soluçar. Quis morrer. Era só o que me faltava, justo quando estou assim, nessa situação, o mundo inteiro parecer estar se amando, e eu aqui, de palhaça sendo enganada... Mas isso não vem ao caso [2] e após muito chorar cantando a letra, depois da outra música, a Laura linda sentou BEM NA MINHA FRENTE. Me segurei hard pra não cutucar ou invadir o palco e abraçar ela, então apenas tirei uma foto pra eternizar o momento

Ela estava REALMENTE perto. Super emocionada D:
Quando o show acabou todos subiram no palco loucamente, só me restou pirar muito em cima do palco, minha bateria da câmera acabou, a menina que conhecemos lá no show tirou nossa foto, trocamos facebook, tiramos fotos depois do show e finalmente, fomos buscar comida (que não achamos), chegamos na casa da Cla, fizemos um miojo yakisobado e eu fiquei um pouco no computador. Foi inevitável depois dessa turbulência toda que eu não tivesse uma crise de choro ao dormir, mas eu supero, e valeu à pena. De manhã fui pra USP com a Clarice, me apaixonei pelo campus, e olha que eu sou desacreditada no amor (pelo menos em relação à mim, não aos outros). Tirei uma foto do corredor só por que foi uma visão que me trouxe muita calma e que eu gostaria de compartilhar com você, leitor, que aguentou ler toda essa ladainha.

Corredor da calmaria
E foi isso. Depois voltei pra casa (por que havia um ônibus direto da USP até a Rodoviária do Tietê, o que eu achei INCRÍVEL, me despedi da Cla no meio do caminho, e OBRIGADA CLA, você é um anjo na minha vida, um dos maiores, sua linda! Mas... SOFRI MUITO na rodoviária, as lembranças totalmente tomaram conta, então quando cheguei em casa, só restou descansar daquele dia todo, chorar mais um pouco, ok, chorar muito, e dormir. Ainda vai haver um dia que eu vou rir disso tudo, que não vou mais chorar por causa do meu relacionamento anterior que foi o maior erro da minha vida. Mas, por enquanto... Eu ainda choro. E espero que isso passe, e se você está passando por isso também, desejo que passe também, e que se você quiser, podemos passar por isso juntos. Eu não desejo pra ninguém o que eu estou sentindo, de verdade, então vamos ser felizes. Felicidade é só questão de ser...
Até a próxima!

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